O dólar mantém sua dominância mundial mesmo diante de desafios
O dólar continua sendo a principal moeda de reserva do mundo, de acordo com um estudo recente do Centro Geoeconômico do Atlantic Council. Mesmo com os esforços de países do Brics e a ascensão do euro, a divisa norte-americana segue dominando as reservas estrangeiras, o faturamento comercial e as transações monetárias globais.
O relatório destaca que, apesar da fragmentação econômica e das pressões para a adoção de outras moedas internacionais, a dominância do dólar foi fortalecida pela economia robusta dos Estados Unidos, política monetária rígida e aumento dos riscos geopolíticos. A desdolarização, embora tenha sido um objetivo de países do Brics, não progrediu significativamente.
O estudo ressalta os esforços de países como China, Índia, Rússia e Brasil em desenvolver alternativas. O CIPS, sistema de pagamento chinês, teve um aumento significativo de participantes, mas o desafio da desdolarização ainda persiste. Acordos bilaterais e multilaterais dentro do Brics podem pavimentar o caminho para uma plataforma de câmbio no futuro.
Apesar dos esforços, a participação do iuan nas reservas globais tem diminuído, devido a preocupações com a economia chinesa e riscos geopolíticos. O euro, por sua vez, enfraqueceu como alternativa ao dólar, levando alguns investidores a buscar refúgio no ouro. Sanções e a falta de união dos mercados europeus são apontados como fatores que prejudicaram a ascensão da moeda europeia.
Em resumo, o dólar segue como principal moeda de reserva global, com desafios e esforços de outros países para reduzir sua dependência. O cenário internacional continua sendo dominado pela divisa norte-americana, garantindo sua posição de destaque a curto e médio prazo.