Esses números estão alinhados com as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que define a meta de inflação em 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Até o momento, a inflação acumulada em 12 meses é de 3,93%, influenciada especialmente pelos preços de alimentos e bebidas.
Para controlar a inflação e atingir as metas estabelecidas, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente em 10,5% ao ano, a Selic foi mantida nesse patamar na última reunião do Copom, que interrompeu um ciclo de reduções iniciado há quase um ano devido ao aumento das incertezas econômicas e alta do dólar.
A previsão do mercado é de que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024, com uma provável redução para 9,5% ao ano em 2025, e para 9% ao ano em 2026 e 2027. A taxa de juros tem impacto direto nos preços, pois juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, podendo dificultar a expansão da economia.
Além das projeções de inflação e da Selic, as instituições financeiras também ajustaram suas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, prevendo uma expansão de 2,09% em 2024 e de 2% em 2025, 2026 e 2027. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, superando as expectativas.
No mercado cambial, a projeção é de que o dólar encerre o ano em torno de R$ 5,15, mantendo-se nesse patamar até o final de 2025. As perspectivas atuais refletem a conjuntura econômica e as intervenções do Banco Central para garantir a estabilidade financeira do país.