Desapropriação dos terrenos do Moinho Fluminense na Gamboa é publicada no Diário Oficial marcando novo capítulo na história do Rio.






Notícia sobre desapropriação do antigo Moinho Fluminense

Foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (24/06) a desapropriação dos antigos terrenos do
Moinho Fluminense, localizados no bairro da Gamboa, na Região Central do Rio. O decreto foi publicado juntamente com a desapropriação do terreno do Gasômetro para a construção do estádio do Flamengo.

Os quatro terrenos que compõem o complexo do Moinho Fluminense serão leiloados pela Prefeitura do Rio, com o objetivo
de promover a renovação urbana da Região Portuária. O conjunto arquitetônico é formado por cinco prédios interligados
por uma passarela, começando na Orla Conde e se estendendo até a Praça da Harmonia,
onde está localizada a construção principal.

img 9695 1 Terrenos do Moinho Fluminense, na Gamboa, serão leiloados pela Prefeitura do Rio

Inaugurado em 1887 com um alvará de funcionamento assinado pela Princesa Isabel, o Moinho Fluminense
foi o primeiro moinho de trigo do país, pondo fim à dependência de farinha de trigo importada. Em 1914, o complexo
foi adquirido pela multinacional Bunge, que operou o moinho até 2016, quando as atividades foram
transferidas para uma unidade em Duque de Caxias.

O Moinho Fluminense passou por uma restauração de fachada em 2011, como parte da revitalização urbana promovida
pela operação Porto Maravilha. Em 2019, o complexo foi comprado pelo Grupo Autonomy Investimentos,
que propôs um projeto renomado para os prédios. Esse projeto, apresentado em 2022, previa a criação de um espaço
multiuso com escritórios comerciais, bares, restaurantes e áreas para eventos, além de uma área residencial próxima
à Orla Conde. Contudo, até o momento, nenhuma intervenção foi realizada.

Projeto proposto em 2022

A previsão inicial era que a área térrea dos prédios fosse aberta ao público, criando um corredor do Boulevard Olímpico
até a Praça da Harmonia. O diretor executivo da Autonomy Investimentos, Roberto Miranda de Lima, destacou em um
vídeo em 2022 que o projeto incluía até torres residenciais nas áreas mais próximas ao Porto.

“O terreno do Moinho Fluminense e seus prédios históricos são verdadeiramente ícones do Porto Maravilha. É um dos
imóveis mais representativos de todo o Centro. O que quer que ocorra para que aquele local – que, parado, é um
entrave para a região – se desenvolva, é importante para a cidade. Resta saber se será o poder público o melhor
veículo para isto”
destaca Cláudio Castro, diretor da Sérgio Castro Imóveis.

Segundo a Prefeitura do Rio, as futuras construções no local deverão seguir os parâmetros da Lei do Porto Maravilha,
especificados no edital de leilão. Vale ressaltar que o conjunto de prédios é tombado pelo IPHAN.

O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com o Grupo Autonomy Investimentos para obter informações sobre
o andamento do projeto proposto há dois anos, mas até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.

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