Especialistas apontam que o aumento da área protegida do Arquipélago de Alcatrazes, que passou de 12 mil hectares para 600 mil hectares em 2016, está diretamente relacionado ao surgimento dos tubarões na região. Essa ampliação da reserva, que equivale a 1 hectare – ou seja, um campo de futebol -, contribui para a preservação da vida marinha.
Além disso, a intensificação da fiscalização contra a pesca, que é proibida no entorno do arquipélago, também é um fator importante para a presença dos tubarões no local.
As características geográficas únicas do arquipélago, situado na confluência de duas correntes oceânicas e com águas ricas em nutrientes, também contribuem para a presença dos predadores marinhos na região.
Localizado a 35 km da costa de São Sebastião, o arquipélago de Alcatrazes se tornou um paraíso para os mergulhadores, que agora têm a oportunidade de observar não apenas baleias jubartes, mas também cardumes de tubarões.
Embora não seja permitido o desembarque de turistas na ilha, os mergulhos são autorizados em diversas áreas costeiras com diferentes características ambientais, profundidades e graus de dificuldade, desde que realizados por empresas de turismo cadastradas pelo ICMBio.
Antes alvo de exercícios de tiro pela Marinha até a década de 1990, Alcatrazes se transformou em Refúgio de Vida Silvestre em 2016, após pressão de ambientalistas para proteger a fauna e flora locais.