Governo Lula trabalha para extradição de foragidos golpistas na Argentina, mas ainda não enviou pedido ao país vizinho.




Extradição de foragidos na Argentina gera polêmica entre governos

O governo Lula, em linha com o STF (Supremo Tribunal Federal), já trabalha para expedir os foragidos, mas até o momento nenhum pedido foi encaminhado à Argentina.

Nesta semana, o governo Milei enviou ao Brasil uma lista confirmando que mais de 60 foragidos envolvidos em atos golpistas estão na Argentina. Segundo o jornal Clarín, a relação conta com 86 nomes. O UOL apurou que os nomes foram entregues ao gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo.

O Itamaraty está confiante de que a Conare (Comissão Nacional para Refugiados) da Argentina negará refúgio aos fugitivos, considerando que não respondem por crimes políticos, conforme apurou o UOL.

Fontes diplomáticas alertam para o risco de divergências entre Lula e Milei afetarem o caso, uma vez que os mandatários não se encontraram mais de seis meses após o início do novo governo argentino. Milei já insultou Lula durante a campanha eleitoral e como presidente endossou críticas ao STF nas redes sociais.

Enquanto isso, o governo Milei emite sinais contraditórios. O porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, afirmou que não haverá “pacto de impunidade” com o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, ressaltando que seria uma questão judicial. Já a ministra de Relações Exteriores argentina, Diana Mondino, defendeu que o país é um “santuário para os perseguidos por exercer sua liberdade de expressão”.


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