Autoridades de saúde palestinas relataram ao menos 12 mortos em ataques israelenses separados, ocorridos na sexta-feira. Os militares de Israel afirmaram que suas operações eram precisas, baseadas em informações de inteligência, com foco na região de Rafah, onde lutavam em combates próximos e descobriram túneis utilizados por militantes. Além disso, ações foram relatadas em outras partes do enclave.
Moradores de Rafah descreveram um aumento no ritmo dos ataques nos últimos dias, com explosões e tiros contínuos indicando confrontos intensos. Segundo Hatem, de 45 anos, os ataques dos combatentes da resistência têm dificultado o avanço das forças israelenses. Após meses de guerra em Gaza, as forças de Israel concentram seus avanços em Rafah e no entorno de Deir al-Balah.
Ahmed Al-Sofi, prefeito de Rafah, afirmou que a cidade enfrenta uma catástrofe humanitária, com a falta de instalações médicas, suprimentos básicos e um número reduzido de moradores. Estima-se que menos de 100 mil pessoas permaneçam na região oeste da cidade, que abrigava metade da população de Gaza antes do início do conflito.
As forças israelenses acusam o Hamas de utilizar civis como escudos humanos, alegação negada pelo grupo. A ofensiva de Israel foi desencadeada após ataques do Hamas ao sul de Israel, resultando em um grande número de mortos e reféns. A campanha militar deixou Gaza em ruínas, com milhares de mortos e a população desabrigada e vulnerável.