PT critica decisão do Banco Central de interromper queda da Selic
Integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) expressaram críticas ao Banco Central pela decisão de interromper a queda da taxa básica de juros, a Selic. A decisão foi vista como uma sabotagem contra o governo, e a unanimidade do colegiado foi lamentada entre os membros da sigla.
Nos bastidores, ao menos um integrante criticou Gabriel Galípolo, diretor do BC indicado por Luiz Inácio Lula da Silva e cotado para presidir a autarquia. A percepção é de que Galípolo priorizou o mercado em detrimento dos interesses petistas.
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou que não há motivos para manter os juros em 10,5% ao ano, argumentando que não há risco de o país estourar a meta de inflação.
O deputado federal Zé Guimarães, líder do governo na Câmara, declarou que a decisão é uma sabotagem aos esforços de crescimento do Brasil. Ele criticou a manutenção dos juros em 10%, alegando prejuízos aos cofres públicos.
O deputado Lindbergh Farias chamou atenção para a falta de divergências no colegiado, classificando como lamentável a decisão de manter a Selic em 10,5%. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, destacou que a taxa neutra seria de 8,5% ao ano, abaixo do percentual mantido pelo BC.
Partido vai à Justiça
A bancada do PT na Câmara dos Deputados entrou com uma ação popular na Justiça pedindo que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seja proibido de fazer pronunciamentos político-partidários. A ação foi motivada pelas críticas de Lula ao presidente do BC.
Campos Neto está sendo aconselhado por líderes políticos do centro a defender a autonomia operacional da instituição, considerada seu principal legado à frente do BC.