Lula, que se considera um dos chefes de Estado mais experientes do Brasil, comparou Campos a seu antecessor, Henrique Meirelles, e questionou a autonomia do atual presidente do BC. Para ele, a atual taxa de juros de 10,5% não condiz com a realidade econômica do país, especialmente em um cenário de inflação controlada.
O ex-presidente também criticou as contradições presentes na política econômica do governo, apontando que os mesmos que defendem cortes de gastos são os que lutam por desonerações de setores privilegiados. Lula mostrou preocupação com propostas de taxação sobre importação de pequenos valores, que afetam principalmente a população mais pobre, enquanto os ricos continuam a receber benefícios fiscais expressivos.
Em relação à possibilidade de uma candidatura à reeleição, Lula se mostrou reticente, afirmando que ainda há muito tempo de mandato pela frente e que existem outras opções viáveis. No entanto, ele não descartou a possibilidade de concorrer novamente caso seja a única maneira de evitar um retrocesso político no país.
Em suma, as críticas de Lula ao Banco Central e às políticas econômicas atuais refletem uma preocupação com a realidade financeira do Brasil e uma visão de futuro que busca promover o desenvolvimento e a justiça social. A postura firme do ex-presidente em relação a essas questões mostra um compromisso com o bem-estar da população e a estabilidade econômica do país.