Os réus que agora enfrentarão acusações de homicídio e organização criminosa são o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, seu irmão, Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos os acusados estão detidos, aguardando o desenrolar do processo.
Além disso, Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, responderá apenas por organização criminosa, sendo acusado de fornecer a arma utilizada no crime. O ministro Moraes embasou seu voto em “fortes indícios corroborando” os depoimentos de delação de Ronnie Lessa, um dos executores confessos do crime.
A sessão prossegue com a expectativa dos votos dos demais ministros, como Cristiano Zanin, Cármen Lucia, Luiz Fux e Flávio Dino. Se mais três ministros se posicionarem a favor da denúncia da Procuradoria-Geral da República, os irmãos Brazão e os demais acusados se tornarão réus pelo homicídio de Marielle.
A denúncia apresentada pela PGR no último mês aponta que o assassinato foi encomendado pelos Brazão com o intuito de proteger interesses econômicos de milícias e silenciar Marielle em suas ações políticas. A base dessa acusação é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que detalhou o planejamento e execução dos homicídios.
A população aguarda com expectativa o desfecho desse processo e a esperança de que a justiça seja feita em nome de Marielle Franco e Anderson Gomes. O voto do ministro Moraes representa um passo importante na busca pela verdade e pela punição dos responsáveis por esse crime hediondo.
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