Apesar de reconhecer a ligação entre a presença dos cadetes e o início do incêndio, o Exército afirmou não ter conhecimento sobre as causas específicas que deram origem às chamas. A assessoria de Relações Institucionais e Comunicação Social do Departamento de Educação e Cultura do Exército emitiu uma nota ressaltando a disposição da Academia Militar em colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos e apoiar na recuperação e preservação do meio ambiente do parque.
No momento em que o incêndio teve início, os militares já estavam embarcados e prontos para retornar a Resende. Foi identificado um foco de incêndio próximo aos veículos, o que levou alguns militares a desembarcarem e tentarem conter as chamas. No entanto, devido às condições desfavoráveis, como fortes ventos e vegetação seca, o fogo se alastrou rapidamente, tornando a contenção uma tarefa difícil.
A gestão do Parque Nacional do Itatiaia abriu um procedimento administrativo interno para investigar a causa e a origem do incêndio, que já atingiu uma área de 200 hectares. O isolamento da região afetada permitirá a identificação de vídeos das câmeras de monitoramento e o mapeamento da área com o auxílio de drones.
Apesar dos esforços conjuntos de diversas instituições no combate ao incêndio, como o Corpo de Bombeiros, a brigada do parque e o Exército, ainda há pontos de calor que requerem atenção contínua. As perdas ambientais e os impactos de longo prazo ainda não podem ser plenamente calculados, mas a situação está controlada, de acordo com a gestão do parque.
O Parque Nacional do Itatiaia, que completou 87 anos no dia do incêndio, é uma importante área de preservação da Mata Atlântica, recebendo cerca de 150 mil visitantes por ano. A degradação causada pelo fogo representa um desafio significativo para a gestão e conservação desse patrimônio natural.