As mortes dos animais expostos para venda ocorreram em estabelecimentos localizados na Avenida Júlio de Castilhos, Avenida Brasil e no Praia de Belas Shopping. As investigações tiveram início após denúncias de protetores de animais sobre maus-tratos e abandono.
Durante a entrevista coletiva, a diretora do Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegada Vanessa Pitrez, destacou que as diligências e coleta de provas resultaram nos indiciamentos com base na Lei de Crimes Ambientais, que pune maus-tratos e sofrimento a animais. O inquérito referente à loja Bicharada, do Centro de Porto Alegre, levou ao indiciamento de dois funcionários e do responsável pelo CNPJ da empresa.
Já a loja Cobasi, com unidades no Praia de Belas Shopping e no bairro São Geraldo, teve cinco gerentes indiciados, além das pessoas jurídicas responsáveis. As penas previstas para esses crimes vão de três meses a um ano de detenção, com multa, podendo ser agravadas em casos de morte dos animais em situações de enchentes.
As assessorias de imprensa das empresas envolvidas se manifestaram, negando as acusações e apontando falhas na condução da investigação. A Cobasi divulgou um vídeo mostrando os danos materiais causados pela enchente e expressou indignação com os indiciamentos. Por sua vez, a empresa Bicharada afirmou estar colaborando com as investigações e repudiou a forma como a situação foi divulgada pela mídia.
Os representantes legais das lojas indiciadas defendem que os fatos serão esclarecidos ao longo do processo, e que a inocência de seus clientes será comprovada. O desfecho desses casos ainda aguarda os trâmites legais e a decisão judicial final sobre as responsabilidades pelas mortes dos animais durante a enchente em Porto Alegre.