Demolição da Escola Marjory Stoneman Douglas em Parkland
O prédio abandonado da escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, cenário de um dos piores ataques em instituições de ensino dos Estados Unidos, começou a ser demolido nesta sexta-feira (14), mais de seis anos após o terrível incidente.
Localizada a cerca de 60 km de Miami, a instituição de três andares permaneceu como um triste lembrete vazio do ataque que ocorreu em 14 de fevereiro de 2018, com buracos de bala e manchas de sangue ainda visíveis.
Vídeos divulgados por uma afiliada da rede ABC mostraram veículos de demolição iniciando o processo de destruição de parte da estrutura. Segundo o distrito escolar local, a demolição completa deve levar algumas semanas.
O atirador, um ex-aluno da escola com 19 anos na época do ataque, tirou a vida de 17 alunos e funcionários, além de ferir outras 17 pessoas, utilizando um rifle semiautomático. Ele foi condenado à prisão perpétua, sendo poupado da pena de morte em 2022.
Após o incidente, o prédio permaneceu intocado como evidência para os julgamentos do atirador e do policial responsável pela segurança da escola no dia do atentado. Os Estados Unidos contam com policias que atuam dentro das escolas, e o agente responsável pelo local foi absolvido de acusações de negligência em junho de 2023.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, visitou a escola em março para homenagear as vítimas do ataque e pressionar por leis mais rígidas sobre o acesso a armas de fogo. Desde o ocorrido, o prédio cercado por arame farpado tornou-se um sombrio monumento para os alunos que passam diariamente pelos edifícios próximos.
Conspiracionista é condenado a liquidar bens em indenização por falso ataque em outra escola
Em uma decisão polêmica, um juiz do Texas autorizou a liquidação dos bens de Alex Jones, um conhecido conspiracionista americano, para indenizar as famílias das vítimas do ataque à escola primária Sandy Hook, em Connecticut, em 2012. Jones havia afirmado que o incidente, que resultou na morte de 27 pessoas, era uma farsa.
O conspiracionista, que ganhou fortuna através de plataformas online, chegou a declarar que o ataque foi planejado pelo governo como pretexto para regulamentar o porte de armas. O atirador, que cometeu suicídio após o crime, tirou a vida de 20 crianças e 6 adultos, incluindo a própria mãe.
Jones foi condenado a pagar quase US$ 1,5 bilhão em indenização, levando-o à falência no Texas. Sua empresa matriz também enfrenta problemas financeiros devido à sentença, resultando na venda de alguns bens para quitar as dívidas.
As famílias das vítimas, que há anos sofrem com assédio e ameaças dos seguidores de Jones, ainda não se pronunciaram sobre a decisão judicial.