STF monitorará implementação de medidas de proteção a povos indígenas isolados e de recente contato, determina ministro Fachin.

O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma importante decisão nesta quinta-feira (13), ao determinar que medidas de proteção a povos indígenas isolados e de recente contato serão monitoradas pelo Núcleo de Processos Estruturais e Complexos (Nupec) do Tribunal. Essa medida foi estabelecida pelo ministro Edson Fachin, com o objetivo de garantir o cumprimento das determinações da Corte em relação à proteção desses povos vulneráveis.

Essa decisão do STF foi baseada em uma ação protocolada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), após os trágicos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Esses eventos evidenciaram a urgência de medidas efetivas para proteger essas populações que vivem em situações de isolamento.

Fachin ressaltou a importância da ação como forma de garantir a sobrevivência e a territorialidade dos povos indígenas isolados e de recente contato, de acordo com os princípios estabelecidos pela Constituição da República. As portarias que restringem o acesso às áreas isoladas devem ser renovadas, conforme determinado pela decisão do ministro, a fim de evitar a entrada de terceiros que possam explorar de forma ilícita esses territórios.

É importante destacar que, em 2021, a Fundação Nacional do Índio (Funai) informou o falecimento do “índio do buraco”, último membro remanescente de uma etnia não identificada que foi massacrada nos anos 1990. Esse indígena era monitorado há 26 anos pelo órgão, demonstrando a relação frágil e vulnerável dessas populações em ambientes hostis e sujeitos a ameaças externas.

Diante desse contexto, a atuação do STF e a determinação do ministro Fachin representam um passo importante na proteção e garantia dos direitos dos povos indígenas isolados, reforçando a importância da implementação de políticas públicas eficazes e práticas para assegurar a sobrevivência dessas comunidades tão vulneráveis em nosso país.

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