Senado apresenta lista de medidas para compensar perda de arrecadação do governo com desoneração da folha de pagamento. Ministério da Fazenda analisará propostas.

As lideranças do Senado Federal apresentaram nesta quinta-feira (13) uma série de propostas para compensar a perda de arrecadação do governo, que chega a R$ 17 bilhões com a desoneração da folha de pagamento de municípios e setores econômicos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá analisar as sugestões feitas pelos senadores.

Dentre as medidas selecionadas estão o Programa de Regularização Tributária (PRT), em tramitação na Câmara dos Deputados, a utilização de recursos de depósitos judiciais esquecidos em bancos por mais de cinco anos, um programa para incentivar o pagamento de multas devidas às agências reguladoras, a atualização de ativos e a repatriação de recursos do exterior.

Além disso, a proposta inclui a utilização dos recursos da taxação das compras internacionais de até US$ 50, bem como as receitas esperadas pela medida provisória (MP) 1202, que restringiu a compensação de créditos decorrentes de decisões judiciais, ambas já aprovadas pelo Congresso Nacional.

O líder do governo no Senado e relator do projeto de compensação da desoneração, senador Jaques Wagner (PT-BA), destacou a importância do engajamento de todos os senadores para encontrar alternativas de compensação. Ele ressaltou que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), solicitou um esforço conjunto para a busca dessas soluções.

Por sua vez, o ministro Haddad se comprometeu a avaliar as propostas elaboradas pelos senadores, visando facilitar a votação da compensação, uma vez que a iniciativa partiu do próprio Senado. O autor da proposta da desoneração, senador Efraim Filho (União-PB), enfatizou a importância de encontrar medidas de compensação que não prejudiquem o setor produtivo.

Diante desse cenário, as discussões no Senado se intensificam em busca de um consenso que permita equilibrar as contas públicas sem afetar negativamente as empresas e empresários. O diálogo entre as lideranças políticas e econômicas é fundamental para encontrar soluções que garantam a sustentabilidade financeira do governo e o desenvolvimento do país como um todo.

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