Na terça-feira (11), o governo decidiu anular a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, devido à falta de capacidade financeira das empresas vencedoras para honrar os contratos. O cancelamento do leilão levou o governo a anunciar que o próximo edital contará com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Receita Federal para analisar as empresas participantes.
Além disso, o leilão cancelado foi marcado por um conflito de interesses, levando à renúncia do secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. Suspeitas foram levantadas sobre a ligação do diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, com o ex-secretário Geller, bem como com a empresa de corretagem FOCO, relacionada ao filho de Geller.
O presidente Lula participou da decisão de anular o leilão e realizar um novo procedimento mais aperfeiçoado, conforme anunciado por Teixeira. O objetivo da importação de arroz é garantir o abastecimento e estabilizar os preços, que sofreram um aumento médio de 14% devido às inundações no Rio Grande do Sul.
Essa decisão do governo é fundamental para manter a estabilidade no mercado interno de arroz, especialmente considerando que o Rio Grande do Sul é responsável por 70% do consumo do produto no país. A expectativa agora é aguardar a publicação do novo edital e observar como a situação se desenrolará no setor do agronegócio.