Governo apresenta contraproposta aos servidores da educação em meio a greve que atinge mais de 560 unidades de ensino

Em uma tarde agitada em Brasília, o governo federal apresentou uma contraproposta aos servidores técnicos administrativos da educação (TAEs) em uma reunião com sindicatos da categoria. A nova proposta, de acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), prevê um reajuste médio de 29,6% em quatro anos, incluindo o reajuste de 9% dado a todos os servidores federais no ano passado, juntamente com uma progressão de 4% a partir de 2026. Com o reajuste final entre 25% e 44%, dependendo da classe e do nível na carreira, o governo busca chegar a um acordo satisfatório.

Além dos reajustes salariais, os TAEs também receberam aumentos nos auxílios-alimentação, saúde e creche, com percentuais que chegam a 118% e 51%, respectivamente. No entanto, a proposta não atendeu totalmente às demandas dos servidores em greve, que pedem a recomposição salarial ainda este ano, o que não foi aceito pelo governo até o momento.

A greve, que já atinge mais de 560 unidades de ensino em 26 unidades federativas, começou em meados de março para os técnicos e em meados de abril para os professores. Em uma sala na Esplanada dos Ministérios, a reunião entre o governo e os sindicatos Sinasefe e Fasubra Sindical está em andamento, discutindo os termos da contraproposta apresentada.

Apesar das negociações em andamento, a divisão entre as entidades sindicais ainda se faz presente. No fim de maio, um acordo assinado entre o MGI e a Proifes, sem o aval das demais entidades representativas, causou polêmica e provocou uma divisão nas categorias. A decisão liminar da Justiça Federal de Sergipe anulou o acordo, alegando falta de representatividade das demais entidades.

Nesta segunda-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego concedeu o registro sindical à Proifes, o que gerou controvérsias e críticas por parte do Sinasefe, que alegou falta de legitimidade na representação docente da entidade. Enquanto as negociações continuam em busca de um consenso, a situação segue em constante evolução. Vamos acompanhar de perto os desdobramentos dessa matéria em atualização.

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