A Agência France-Presse (AFP) está enfrentando críticas dos sindicatos de jornalistas devido a um projeto de reforma na direção que afeta o sistema de expatriação de seus profissionais em todo o mundo, presentes em 150 países.
Atualmente, os jornalistas da AFP baseados fora da França são regidos por dois tipos principais de estatuto.
O primeiro é o estatuto chamado de “sede”, que é um contrato regido pelo direito francês e inclui benefícios como despesas de moradia e escolaridade dos filhos. Os titulares deste estatuto estão sujeitos à mobilidade dentro da AFP e não podem permanecer no mesmo cargo por longos períodos.
Já o segundo estatuto é conhecido como “local” e segue as leis trabalhistas do país onde o jornalista está baseado, dispensando a obrigatoriedade de mobilidade.
De acordo com os sindicatos, a direção da AFP, sob a presidência de Fabrice Fries, planeja limitar o uso dos contratos “sede” através da criação de um terceiro estatuto híbrido. Esse novo contrato seria local, porém o profissional contribuiria para a previdência francesa e estaria sujeito à mobilidade.
A votação realizada na última segunda-feira resultou em uma moção exigindo a manutenção dos 151 cargos de expatriados com estatuto de “sede” em todas as línguas da agência. Os funcionários estão preocupados com as mudanças propostas pela direção.