Senador classifica ex-diretor da PRF como preso político e critica omissão do STF na liberdade provisória em caso de interferência eleitoral

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez declarações contundentes durante seu pronunciamento no Senado nesta quarta-feira (5) ao afirmar que Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), é considerado um preso político. A detenção de Silvinei em agosto de 2023, sob acusação de interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, tem sido objeto de intensos debates e questionamentos por parte do senador.

Girão expressou sua insatisfação por não ter obtido resposta a seu pedido para visitar Silvinei no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde está detido. Ele argumentou que fez a solicitação em dezembro e mesmo tendo reforçado o pedido em duas ocasiões subsequentes, não obteve nenhum retorno, nem mesmo após solicitar a intervenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

O parlamentar destacou ainda o depoimento de Silvinei à CPMI do 8 de Janeiro, no qual o ex-diretor defendeu a PRF de acusações de realização de operações de blitz no Nordeste durante o período eleitoral, além de negar que a instituição tenha sido conivente durante os bloqueios de estradas que ocorreram após as eleições.

Além disso, Girão enfatizou a revogação da quebra de sigilo de mensagens de Silvinei pela CPMI, ato que foi realizado pelo ministro do STF Nunes Marques. A defesa de Silvinei fez um novo pedido de revogação da prisão ao ministro Alexandre de Moraes, questionando os motivos da detenção e comparando o caso com situações anteriores envolvendo figuras públicas de destaque.

Diante de toda essa controvérsia, o senador questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes e a postura da Casa em relação às arbitrariedades que ele vem cometendo. O pedido da defesa de Silvanei ainda aguarda resposta do Supremo Tribunal Federal, sem previsão de decisão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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