Delação de Ronnie Lessa aponta que Rivaldo Barbosa acobertou assassinato de Marielle Franco e citou possíveis mandantes Brazão.

Escândalo no caso Marielle: Executor do assassinato delata ex-chefe da Polícia Civil do Rio

O caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ganhou um novo capítulo chocante. O executor do crime, Ronnie Lessa, assinou uma delação premiada com a Polícia Federal e apontou o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, como responsável por acobertar o crime e dar aval para a execução.

Segundo Lessa, que estava preso desde 2019, Rivaldo Barbosa, que comandava a Polícia Civil na época da prisão, indicou o delegado Giniton Lages para conduzir as investigações do caso Marielle. Em seu depoimento, Barbosa afirmou que Giniton trouxe os nomes dos irmãos Brazão como possíveis mandantes do crime em uma reunião realizada no início das investigações. O então secretário de Segurança Pública, general Richard Nunes, também estava presente nesse encontro.

Barbosa afirmou à PF que Giniton representava diversas cautelares contra Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, indicando que a Polícia Civil investigava o possível envolvimento deles na autoria intelectual do assassinato de Marielle e Anderson Gomes. No entanto, Barbosa alegou não saber o desfecho desse inquérito específico.

Apesar disso, Giniton Lages concluiu que Ronnie Lessa agiu sozinho, motivado por ódio em relação às convicções pessoais de Marielle, descartando a existência de um mandante do crime. Contudo, Barbosa contradisse a versão de Giniton, afirmando que o delegado não mencionou nada sobre motivações de ódio em relação ao crime.

Diante dessas revelações chocantes, o caso Marielle Franco ganha contornos ainda mais complexos, com acusações de acobertamento e possíveis interesses obscuros por trás de um dos crimes mais emblemáticos do Rio de Janeiro.

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