Busca por sobreviventes após deslizamento em Papua-Nova Guiné é suspensa
A busca desesperada por centenas de moradores que podem estar soterrados em vilarejos atingidos por um deslizamento de terra em Papua-Nova Guiné, no dia 24 de maio, enfrenta sérios desafios. As forças armadas anunciaram na última quarta-feira (5) a suspensão das operações de resgate devido ao perigo iminente de novos deslizamentos na região.
Segundo o major Joe Aku, as buscas foram interrompidas devido ao risco de novos incidentes. A área montanhosa onde ocorreu o desastre, no estado de Enga, foi declarada inacessível e isolada até novo aviso. Aku descreveu a situação como “o pior e maior deslizamento que já vi”, destacando o perigo em permanecer na região.
Apesar das estimativas iniciais apontarem para cerca de 2.000 pessoas sepultadas, as autoridades consideram um número menor, próximos de 650 vítimas. A dificuldade em acessar o local remoto e as condições perigosas tem prejudicado as operações de resgate, com apenas nove corpos recuperados até o momento.
O primeiro-ministro do país, James Marape, atribuiu os desastres naturais na região a fortes chuvas e mudanças climáticas. A região de Yambali foi duramente atingida pelo deslizamento, que ocorreu durante a madrugada, quando a maioria dos moradores estava dormindo.
O departamento responsável pela mineração e riscos geológicos emitiu um relatório alertando sobre a possibilidade de novos deslizamentos na região, aumentando a preocupação com a segurança das equipes de resgate e dos moradores locais.
As operações de resgate foram ainda mais complicadas devido aos conflitos entre tribos da região, que dificultaram a entrega de ajuda humanitária. Os moradores locais, mesmo sem os recursos adequados, têm se unido nas buscas por sobreviventes.
Apesar dos esforços, a tragédia continua, e o risco de novos deslizamentos persiste. As autoridades da província de Enga continuam monitorando a situação, buscando garantir a segurança da população local e agindo preventivamente para evitar novas tragédias.