Revolução tecnológica impulsiona criação de empregos e redução do desemprego, com destaque para jovens no Rio de Janeiro.







Revolução no Mundo do Trabalho: Desafios e Oportunidades

Vista aérea do bairro da Barra da Tijuca • Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

O mundo do trabalho vive tempos de profunda transformação. Embora a automação não seja um fenômeno novo e o progresso tecnológico remeta aos primórdios da Humanidade (tecnologia é tudo o que o ser humano cria para expandir suas capacidades, da roda ao robô), receios com o desconhecido são naturais.

Não há dúvidas de que o atual panorama impõe desafios. Como trabalhista, me oponho à automação pura e simples, descolada de benefícios para a coletividade. Um robô que auxilia em uma cirurgia, salvando vidas, é bem diferente de uma tecnologia que sirva apenas para suprimir um posto de trabalho e aumentar margens de lucro. Mas, neste caminho de adaptação às novas tecnologias, com novos postos de trabalho surgindo no segmento dos empregos verdes, voltados para a sustentabilidade, o Brasil está se saindo muito bem.

E o país vem colhendo frutos. O Caged, divulgado pelo Ministério do Trabalho na semana passada, mostrou que o desemprego no Brasil foi o mais baixo da década para o primeiro trimestre. No Rio, foram 8,5 mil novas vagas em abril, com 30 mil oportunidades criadas apenas em 2024, que nem chegou à metade – quase o dobro do mesmo recorte do ano passado. E com um destaque que me deixa particularmente otimista: 4,2 mil das vagas foram para jovens entre 18 e 24 anos. Sim, a promoção do primeiro emprego é uma das nossas bandeiras na Secretaria de Trabalho e Renda do Rio.

Neste sentido, o Rio mostra ao país e ao mundo que é possível fazer diferente. O Brasil tem 5,4 milhões de jovens entre 14 e 24 anos que não estudam, não trabalham nem procuram trabalho. Nós, da SMTE, enfrentamos este desafio com o programa Aprendiz Carioca. Atualmente, ele forma 400 jovens como assistentes administrativos e eles aprendem, na prática, como trabalhar em equipamentos públicos da própria Prefeitura do Rio.

A revolução do mundo do trabalho não está mais no horizonte, mas no dia a dia dos trabalhadores. Acreditamos que, com políticas públicas que tenham como foco quem mais precisa, combateremos discriminações lamentavelmente comuns no mercado, como etarismo, machismo e racismo. Nosso norteador é o emprego formal, a melhor política social, pois traz segurança para o presente e esperança no futuro.

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