Proposta de taxa em compras internacionais revela machismo e simplificação da realidade do consumidor brasileiro.




Artigo sobre taxação de compras internacionais

Recentemente, a discussão sobre a taxação de compras internacionais ganhou destaque no cenário político, revelando uma perspectiva machista que permeia essa questão. A proposta de acabar com a isenção de compras internacionais de até US$ 50, conhecida como “taxa das blusinhas”, esconde uma série de problemas no mercado que vão além da simples aquisição de bugigangas, como mencionado por Lula.

Embora muitos se refiram de forma pejorativa às compras baratas de produtos da China, é importante ressaltar que esses gigantes do comércio eletrônico possibilitaram aos brasileiros acesso a uma gama de produtos que muitas vezes não são fabricados no Brasil ou que são inacessíveis para a maioria da população. Itens como toalheiros térmicos e cubas para cozinha com cascata tornaram-se opções disponíveis graças a essas plataformas estrangeiras.

Além disso, a variedade de produtos oferecidos por sites como Shein e AliExpress permitiu a renovação de casas e a aquisição de itens modernos a preços mais acessíveis do que os encontrados no mercado nacional. É o caso de um amigo que se tornou fã de acessórios automotivos encontrados nessas plataformas. Isso mostra que a discussão vai além do simples preço e também envolve a diversidade de escolha do consumidor.

A questão da taxação de compras internacionais evidencia a necessidade de reformas no sistema tributário brasileiro, a fim de incentivar uma indústria nacional que atenda às demandas dos consumidores, que agora têm acesso a produtos antes restritos a quem viajava para o exterior. Essa discussão não se resume apenas ao preço, mas também à variedade de produtos disponíveis no mercado.

Infelizmente, a abordagem simplista que enxerga as mulheres como fúteis e dependentes do Estado para regular suas compras não resolve o problema real que enfrentamos. É necessário encarar de frente as questões estruturais que impactam o mercado nacional e garantir um ambiente mais transparente e favorável ao consumidor, independentemente de gênero.


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