Caso do médico acusado de negligência: advogado argumenta inocência
O advogado de defesa do médico, Eduardo Burihan, argumentou que não houve negligência. “Nós respeitamos todo o sofrimento da família da vítima, isso é algo que nos comove, mas isso não autoriza a que nós decretemos a condenação de uma pessoa inocente nesse processo”, disse à imprensa na chegada ao Fórum.
Para os pais de Noah, a vida da criança foi trocada por um jogo de futebol. A promotoria avalia se vai recorrer da decisão.
Os senhores jurados, decidindo a causa, negaram o segundo quesito acolhendo a tese da negativa de autoria do agir doloso do réu [Luciano] que foi sustentada em plenário, ocasionando a sua absolvição.
Antonio Benedito Morello
Relembre o caso
Em 5 de junho 2014, após a cirurgia para a retirada do apêndice, Noah apresentou complicações. Luciano visitou a criança após a operação. Na ocasião, o médico Luciano Barboza Sampaio teria dito que as dores eram normais e prescreveu um medicamento para gases. Ele recomendou caminhadas para o alívio das dores.
O garoto morreu em 7 de junho horas depois de receber o medicamento em decorrência de uma parada cardíaca. O médico não estava no local porque estava em um plantão remoto.
Neste caso, a batalha jurídica continua enquanto a família enlutada de Noah busca por justiça. A defesa do médico Luciano Barboza Sampaio alega que não houve negligência em seu atendimento ao paciente e que a morte do garoto foi uma fatalidade inesperada. Por outro lado, os pais de Noah acreditam que a vida de seu filho foi negligenciada e que o médico deveria ser responsabilizado.
Durante o julgamento, o advogado de defesa, Eduardo Burihan, destacou a importância de considerar a inocência de seu cliente e defendeu veementemente sua posição perante a imprensa e os jurados. Enquanto isso, a promotoria avalia suas opções e a possibilidade de recorrer da decisão que absolveu o médico de acusações de negligência.
Este caso trágico remonta a junho de 2014, quando Noah faleceu após complicações pós-operatórias. As circunstâncias que envolveram sua morte levantaram debates sobre a conduta médica e a responsabilidade dos profissionais de saúde no atendimento aos pacientes. Ainda há muito a ser esclarecido e discutido neste caso, que chocou a comunidade local e repercutiu nacionalmente.
À medida que o caso progride nos tribunais, a busca por respostas e justiça continua. A família de Noah espera por um desfecho que traga um mínimo de conforto em meio à dor de sua perda irreparável. Enquanto isso, a sociedade acompanha atentamente o desenrolar deste caso, refletindo sobre questões de responsabilidade, ética médica e justiça.