Governo de Lula recua e desiste de taxar planos de previdência privada transmitidos por herança em reforma tributária.




Recuo do governo de Lula na proposta de taxação de planos de previdência privada por herança

Recuo do governo de Lula na proposta de taxação de planos de previdência privada por herança

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou e desistiu de propor a possibilidade de estados taxarem recursos aportados em planos de previdência privada transmitidos a beneficiários por meio de herança.

A medida havia sido incluída em uma minuta do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, sendo confirmada por integrantes do governo.

Nesta terça-feira (4), o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, informou que a taxação dos planos de previdência privada foi retirada do texto final assinado por Lula e publicado no Diário Oficial da União.

“O projeto que está indo ao Congresso não trata desse tema. Fica tudo como está hoje”, afirmou Appy.

Segundo interlocutores do governo, a exclusão foi uma decisão de última hora, tomada por Lula na manhã desta terça-feira.

Alguns estados já cobram o ITCMD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos) sobre planos de previdência privada do tipo PGBL e VGBL, mas as regras não são homogêneas e enfrentam questionamentos na Justiça.

O objetivo da inclusão no projeto era uniformizar as normas em âmbito nacional e dar maior segurança jurídica à cobrança do tributo. No entanto, a divulgação da medida teve repercussão negativa e gerou polêmica.

O coordenador do Comsefaz, Carlos Eduardo Xavier, afirmou que a retirada do trecho não gera problemas diretos aos governos estaduais, e ainda há a possibilidade de propor uma emenda durante a tramitação no Congresso Nacional.

Após a repercussão, o secretário Appy admitiu que a exclusão foi uma decisão política, destacando a importância do texto final e a continuidade do processo sem essa previsão.


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