Com uma veia familiar marcante, Claudia Sheinbaum traz em sua história uma conexão com questões políticas e sociais desde sua formação. Sua mãe, Annie Pardo, renomada bióloga, enfrentou desafios ao denunciar o massacre de estudantes de 1968 na praça Tlatelolco, o que resultou em sua expulsão como professora universitária.
Antes de ingressar na carreira política, Sheinbaum consolidou sua trajetória acadêmica: graduou-se em física pela Unam (Universidade Nacional Autônoma do México), obteve mestrado em Engenharia da Energia e doutorado em Engenharia Ambiental na mesma instituição, além de realizar pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkley, nos EUA.
Destaque em projeto premiado com o Nobel. Durante seu doutorado, Claudia integrava o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), que foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
Perfil discreto, porém acolhedor. A atuação de Sheinbaum é marcada pela discrição. Segundo Diana Alarcón, amiga da política há décadas, em entrevista à BBC News Mundo, Claudia pode parecer reservada, mas é uma pessoa calorosa, divertida e empática quando se tem a oportunidade de conversar com ela.
Experiências pessoais e políticas. Claudia Sheinbaum foi casada com o político Carlos Ímaz, do PRD (Partido da Revolução Democrática), com quem teve uma filha e também acolheu o enteado. Após viver nos EUA, a política se separou de Ímaz em 2016 e, posteriormente, casou-se com Jesús María Tarriba, seu antigo namorado da faculdade, com quem retomou contato através do Facebook.
Ascensão na vida pública. O primeiro cargo público de Sheinbaum foi como secretária do Meio Ambiente da Cidade do México, entre 2000 e 2006. Sua expertise em física e energia chamou a atenção do então prefeito Andrés Manuel López Obrador, que a indicou para a pasta. Em 2015, foi eleita prefeita de Tlalpan e, posteriormente, tornou-se prefeita da Cidade do México, em 2018.
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