A família de Didja é suspeita de fornecer, distribuir e usar uma droga ilegal conhecida como ketamina nos empregados de uma rede de salões de beleza em rituais secretos. A substância, comumente utilizada como entorpecente recreativo, também tem propriedades sedativas na medicina veterinária.

Djidja era alvo de investigação por integrar o grupo que fazia uso da droga, confirmou o delegado responsável pelo caso, Cícero Túlio. Suspeita-se que ela tenha falecido por overdose da substância durante um desses rituais, tendo sido encontrado seu corpo na terça-feira (28).

O delegado afirmou que ela apresentava sinais de ter consumido altas doses da droga sintética, além de lesões na pele que indicavam o uso de seringas. Todos esses detalhes foram comunicados ao médico legista para auxiliar na realização do laudo necroscópico.

A seita, que funcionava há pelo menos dois anos, foi alvo de investigação policial em três unidades de salões de beleza. A suspeita surgiu após o pai de uma das vítimas ter resgatado sua filha dopada e a levado à delegacia para relatar os fatos cerca de 40 dias atrás.

“Quanto às investigações, estamos apurando a existência de outras clínicas veterinárias ou estabelecimentos comerciais que eventualmente façam o comércio clandestino da ketamina/cetamina e que tenham realizado a entrega desse produto para a seita investigada.”
Cícero Túlio, delegado responsável pelas investigações