Familiares de ministro do STF sofrem ameaças de morte: crime de constrangimento ilegal ou atentado ao Estado democrático de direito?




Notícia sobre ameaças ao ministro Alexandre de Moraes

Crime de ameaça ou atentado ao Estado democrático de direito?

Ainda não conhecemos a íntegra das mensagens recebidas pelas filhas, esposa e mãe do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo as primeiras informações, as ameaças de morte foram feitas por pessoas que conheciam a rotina da família, incluindo um suspeito com histórico na Marinha.

O procurador geral da República, Paulo Gonet, interpretou que os suspeitos presos hoje pela Polícia Federal estavam cometendo um crime de atentado ao Estado democrático de direito. Isso se deve ao fato de que nas mensagens mencionavam questões relacionadas a “antipatriotismo e comunismo” e por ameaçar gravemente os familiares do ministro, o que poderia restringir o exercício de sua função no Supremo e a própria democracia.

Se confirmado como crime de ameaça, o caso deveria correr na primeira instância, uma vez que a família do ministro não possui foro privilegiado no STF. No entanto, se for considerado crime de ameaça ao Estado democrático de direito, o processo ficaria no Supremo, dentro do inquérito das fake news, mantendo Moraes como relator, pois o atentado seria à instituição e não diretamente a ele.

É importante considerar a imparcialidade no julgamento de alguém que ameaçou matar um membro da família. A definição do crime influenciará significativamente a pena que os acusados poderão enfrentar, com a diferenciação entre detenção por ameaça e uma sentença mais severa por atentado ao Estado democrático de direito.

O Brasil já vivenciou eventos graves, como a invasão e destruição dos prédios dos 3 poderes, sendo o Supremo Tribunal Federal o mais afetado. No entanto, é fundamental manter a atenção e a investigação adequada nesse caso de ameaças a autoridades.


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