O projeto intitulado “Caminhos do Mar – Turismo de Natureza para a Conservação da Baía Babitonga”, idealizado pela Universidade da Região de Joinville (Univille) e pelo Instituto Federal Catarinense de São Francisco do Sul, tem como objetivo promover o turismo de forma segura e sustentável nessa área. Além das espécies mencionadas, como a toninha e a miraguaia, os turistas também têm a oportunidade de avistar animais como o boto-cinza, as aves guará, maçarico-de-papo-vermelho e bicudinho-do-brejo.
De acordo com a bióloga Jana Bumbeer, da Fundação Boticário, que apoia o projeto, o turismo pode desempenhar um papel significativo na conservação da fauna e da flora local. Quando realizado de maneira responsável e sustentável, o turismo pode contribuir para a valorização das espécies e da biodiversidade, além de conscientizar os visitantes sobre a importância da preservação ambiental.
Além disso, a utilização da natureza como um ativo financeiro pode demonstrar para a comunidade a importância da conservação como um gerador de renda. A proximidade da Baía da Babitonga com grandes centros urbanos, como Joinville, que possui um aeroporto com conexões para diversos destinos, facilita o acesso dos turistas interessados em explorar essa rica região.
A Baía da Babitonga é considerada o principal estuário de Santa Catarina, abrigando 75% dos manguezais do estado e uma grande diversidade de espécies marinhas. No entanto, estudos recentes demonstram que os manguezais da região sofreram uma redução de 37% em sua cobertura vegetal entre 1985 e 2019, ressaltando a importância de ações de conservação e preservação desse ecossistema único.