Banducci, no entanto, não é a única pessoa que lidera eventos que prometem tratar a raiva. Segundo o The Independent, o grupo de bem-estar Secret Sanctuary está planejando uma “Cerimônia de Fúria Sagrada” em Alberta, Canadá, em julho. Já a autora e mística Jessica Ricchetti também está organizando um retiro “Fúria Secreta” para mulheres na Carolina do Norte, EUA, em junho.
De acordo com reportagem de 2020 do The Guardian, entre o número crescente de cursos e encontros que incentiva as pessoas a expressarem fúria está um chamado Dancing Eros, com sede em Melbourne, Austrália. O grupo encoraja pessoas a “se conectar com seus sentidos e permitir que as emoções aumentem e diminuam lentamente”, mas afirma que estes não são acessos de raiva frenéticos — o que você expressa deve parecer saudável, não prejudicial.
Prática busca oferecer uma sensação de autoconexão e expressão de forma livre. Ainda assim, segundo a publicação britânica, especialistas observam que os “rituais de raiva” provavelmente não funcionarão para todos — e não substituem a terapia feita com psicólogos, por exemplo.
Apesar de dividir opiniões, esse tipo de ritual repercute especialmente entre mulheres. Nas redes sociais, é possível encontrar comentários sobre como é um alívio canalizar a raiva — especialmente em uma sociedade que desaprova as mulheres que abraçam as suas emoções.
Método é antigo — e já foi adotado por famosos
Apesar de ter viralizado recentemente, prática é antiga. A terapia primal, que é uma das características dos “rituais de raiva”, foi desenvolvida na década de 1970 pelo psicólogo Arthur Janov.
Nos dias atuais, cada vez mais pessoas estão buscando alternativas para lidar com suas emoções, principalmente a raiva. Exemplos disso são os eventos liderados por pessoas como Banducci, que propõem tratamentos para esse sentimento tão comum. Mas ele não está sozinho nessa empreitada. De acordo com informações do The Independent, o grupo Secret Sanctuary planeja realizar uma “Cerimônia de Fúria Sagrada” em Alberta, Canadá, no mês de julho. Além disso, a autora Jessica Ricchetti está organizando um retiro chamado “Fúria Secreta” para mulheres na Carolina do Norte, EUA, agendado para junho.
Um dos pontos levantados é que essa busca por expressar a fúria de forma saudável não é algo recente. Em 2020, uma reportagem do The Guardian mencionou o Dancing Eros, grupo sediado em Melbourne, Austrália, que incentiva as pessoas a se conectarem com seus sentidos e permitirem que as emoções fluam de maneira gradual. No entanto, é ressaltado que não se trata de acessos de raiva descontrolada, mas sim de uma forma de expressão saudável.
Esses rituais têm como objetivo proporcionar uma sensação de autoconexão e liberdade de expressão, mas é preciso ter em mente que eles podem não funcionar para todos. Especialistas destacam que nada substitui o acompanhamento terapêutico profissional, especialmente quando se trata de questões emocionais delicadas.
Embora haja opiniões divergentes, esses rituais têm gerado um impacto significativo entre as mulheres. Muitas delas relatam sentir alívio ao poder canalizar sua raiva, principalmente em uma sociedade que muitas vezes desaprova as mulheres que expressam suas emoções de forma aberta.
Em suma, embora essas práticas tenham ganhado destaque recentemente, é importante lembrar que a terapia primal, que é uma das bases dos “rituais de raiva”, foi desenvolvida pelo psicólogo Arthur Janov na década de 1970. Portanto, esse método de lidar com as emoções não é tão inovador quanto parece, mas está sendo redescoberto e adaptado para os desafios emocionais da atualidade.