Israel desrespeita decisão da CIJ e bombardeia cidade de Rafah, aumentando pressão internacional e desafiando Tribunal de Haia.




Israel bombardeia Gaza após determinação da CIJ

Israel bombardeia Gaza após determinação da CIJ

No último sábado (25), a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, foi alvo de bombardeios por parte de Israel. Essa ação ocorreu um dia depois da Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinar que o país cessasse sua ofensiva militar terrestre nessa região. Além de Rafah, houve ataques aéreos e disparos de artilharia em outras áreas do território palestino, como Khan Yunis, Deir Al-Balah, Nuseirat, Jabaliya e Cidade de Gaza.

A decisão da CIJ ordenando a interrupção imediata da ofensiva militar em Rafah tem gerado pressão sobre as autoridades israelenses. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu enfrenta críticas pela condução da guerra, sendo a CIJ uma das vozes a classificar a situação como “desastrosa” no aspecto humanitário. Netanyahu também enfrenta um crescente isolamento internacional, com o premiê da Espanha anunciando que seu governo reconhecerá a Palestina como Estado na próxima terça-feira (28).

O governo britânico, por sua vez, discordou da ordem de suspensão das ofensivas militares, alegando que a determinação beneficia o grupo Hamas. Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, a recusa do Hamas em aceitar uma oferta de reféns de Israel está impedindo a pausa nos combates.

A África do Sul também teve participação no cenário ao instar a CIJ a impor mais restrições às incursões de Israel em Rafah. Essa preocupação se deve ao controle israelense sobre os principais cruzamentos de fronteira no sul de Gaza, dificultando a entrada de ajuda humanitária na região. A Corte de Haia determinou que Israel permitisse a entrada de insumos em Rafah pela fronteira com o Egito.

Com mais de 35 mil mortos na Faixa de Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas, a CIJ também pediu a libertação imediata e incondicional dos reféns sequestrados pelo Hamas em outubro de 2023. Israel pretende retomar as negociações para resgatar essas pessoas nesta semana, conforme informou uma fonte do governo israelense à agência AFP.


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