Recuo da geleira Thwaites na Antártica é o dobro do observado há uma década, apontam pesquisadores da NASA




Artigo sobre derretimento de geleiras

Elevação da superfície da geleira

“Elevação” da superfície da geleira. Então, a água acumulada nas cavidades e dutos da geleira cria pressão suficiente para elevar os blocos de gelo.

Outro ponto de preocupação é que a água salgada precisa de uma temperatura mais baixa para congelar do que a doce. Apesar da diferença não ser grande — a água doce congela a 0ºC enquanto a salgada a -2ºC —, ela é suficiente para provocar grande derretimento das geleiras.

Uma visão do movimento das marés na geleira Thwaites, na Antártica – Imagem: Reprodução / Universidade de Califórnia e Universidade de Waterloo

Os pesquisadores reuniram dados de março a junho de 2023 pela missão de satélites comerciais da Finlândia, ICEYE. A frota de satélites da missão forma uma constelação na órbita polar ao redor do planeta. Com a ferramenta, os pesquisadores puderam obter dados em longo prazo. Antes disso, eles tinham apenas informações esporádicas.

Com os novos recursos, foi possível concluir que a geleira apresenta um recuo de 0,5 km por ano. O dado é consistente com os 0,6km/ano observados entre 2010 e 2011 e é metade da taxa observada entre 1992 e 2011, de 1 km/ano.

Eric Rignot, autor líder do estudo, professor da Universidade da Califórnia e cientista da Nasa, acredita que o estudo trará benefícios a longo prazo para modelos de interação entre o oceano e as geleiras. “Se nós pudermos adicionar o processo destacado no artigo, que não é incluso na maioria dos modelos, as reconstruções devem concordar muito melhor com as observações”, diz.


Sair da versão mobile