Proposta de tributação global de super-ricos ganha adesão internacional em tempo recorde, afirma ministro da Fazenda em simpósio do G20.

Durante a presidência do Brasil no G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que a proposta de tributação global de 2% da renda dos super-ricos está conseguindo adesão de vários países em um curto período de tempo. Segundo ele, essa taxação, se implementada, traria benefícios sem precedentes para a humanidade. Haddad destacou a rápida aceitação da proposta por parte de países do G7 e da Europa, que demonstraram apoio durante o Simpósio de Tributação Internacional do G20 em Brasília.

A proposta brasileira foi comparada por Haddad ao Pilar 3 da OCDE, que estabelece metas para a economia e administração pública. O Brasil busca ampliar as discussões sobre o tema, envolvendo representantes políticos e acadêmicos de todo o mundo para aprimorar a proposta em conjunto. O ministro ressaltou a importância da participação de países e da sociedade no debate para obter os melhores resultados.

A proposta de tributação global dos super-ricos foi apresentada pela primeira vez em fevereiro, durante uma reunião do G20 em São Paulo. Desde então, países como França, Espanha, Colômbia, União Africana e Bélgica manifestaram apoio à ideia. Apesar disso, os Estados Unidos se mostraram contrários à proposta.

O economista Gabriel Zucman, um dos autores da ideia, estimou que a taxação dos super-ricos afetaria apenas 3 mil indivíduos em todo o mundo e poderia gerar uma arrecadação de aproximadamente US$ 250 bilhões por ano. No Brasil, um estudo da USP indicou que um imposto de 2% sobre a renda dos 0,2% mais ricos poderia arrecadar R$ 41,9 bilhões por ano, possibilitando um aumento significativo nos orçamentos de diversos setores.

Em resumo, a proposta de tributação global dos super-ricos está ganhando apoio internacional e promete trazer benefícios financeiros importantes, caso seja implementada de forma eficaz e coordenada entre os países participantes.

Sair da versão mobile