Governo da Argentina de Javier Milei censura mídia pública ao retirar sites e perfis das redes sociais de veículos de comunicação.
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Desde que assumiu o poder, Milei vinha prometendo acabar com a mídia pública na Argentina, e essa ação foi vista como um passo nessa direção. A principal agência de comunicação pública do país, a Agência Telám, está fora do ar desde março, quando os trabalhadores foram dispensados. Segundo um comunicado divulgado pelas mídias afetadas, a decisão de suspender temporariamente os canais digitais tem como objetivo reorganizar a produção e distribuição de conteúdo.
O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBa) criticou a medida e acusou o governo de interferir nos meios públicos sem a devida autorização do Senado argentino. Esta ação foi vista como uma forma de censura e intimidação, e se soma ao silenciamento da Agência Telám, segundo o comunicado divulgado pelo sindicato.
O governo de Milei tem travado uma batalha contra a mídia pública, que é acusada de favorecer os adversários políticos do atual governo. Além disso, a privatização dessas empresas públicas também está na agenda do governo argentino. A mídia pública na Argentina, assim como em outros países da América Latina, é vista como uma forma de oferecer um conteúdo que não seria disponibilizado pela mídia privada, por não ter interesses comerciais envolvidos.
No Brasil, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é responsável por gerir os veículos públicos federais do país, atuando de acordo com o princípio da complementaridade entre os sistemas privado, público e estatal de comunicação. A EBC controla a Agência Brasil, a TV Brasil e várias rádios, como a Rádio Nacional e a Rádio Nacional da Amazônia.