No último dia 21, a senadora Leila Barros (PDT-DF) fez duras críticas à gestão da saúde pública no Distrito Federal durante um pronunciamento. A parlamentar destacou o triste caso de três crianças que faleceram enquanto aguardavam atendimento na rede pública, atribuindo a tragédia ao descaso e à incompetência da administração atual.
Segundo Leila, dois bebês perderam a vida pela falta de vagas em hospitais e pela falta de ambulâncias adequadas para o transporte. Uma das vítimas tinha apenas um mês de vida, enquanto a outra tinha um ano. Além disso, uma terceira criança de oito anos também acabou falecendo, e sua família denunciou negligência por parte do poder público.
A senadora criticou o governador do DF, Ibaneis Rocha, por terceirizar a gestão da saúde e afirmou que o sistema de saúde local está em estado de sucateamento. Ela apontou a escassez de médicos, enfermeiros, longas filas para exames, consultas e cirurgias, falta de medicamentos e ambulâncias quebradas como alguns dos problemas enfrentados pela população.
Leila Barros ressaltou que o Ministério Público já denunciou a falta de leitos de internação, o que leva os pacientes a passarem em média sete dias internados em UPAs, podendo chegar a até 30. Ela ainda destacou que as UPAs deveriam receber e estabilizar os pacientes em até 24 horas, conforme orientação do Ministério da Saúde.
A senadora ainda mencionou que destinou, junto com a bancada do DF, mais de R$ 187,3 milhões para a área da saúde. Esses recursos foram utilizados para a aquisição de equipamentos fundamentais, como aparelhos de hemodiálise, ultrassom, raio-X, mesas cirúrgicas elétricas, entre outros, visando melhorar a estrutura dos hospitais da região.
Diante da triste realidade da saúde no Distrito Federal, Leila questionou a compra de um novo helicóptero pelo governador, enquanto as necessidades básicas dos cidadãos não são atendidas. Para ela, é urgente priorizar o bem-estar da população e garantir o acesso adequado aos serviços de saúde.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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