Giorgia Meloni assume desafio de disputar eleições para o Parlamento Europeu em junho, em meio a polêmicas sobre acúmulo de mandatos.




Artigo sobre Giorgia Meloni candidata à Parlamento Europeu

Giorgia Meloni: da liderança na Itália à candidatura ao Parlamento Europeu

Após um ano e meio como primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni se lança em uma nova jornada política. Dessa vez, seu nome estará presente na cédula de papel que os italianos utilizarão para escolher seus representantes no Parlamento Europeu, em junho.

De acordo com pesquisas recentes, Meloni tem grandes chances de obter uma vaga no Parlamento Europeu, com seu partido, Irmãos da Itália, liderando as intenções de voto, alcançando cerca de 27%. No entanto, devido às restrições que impedem a acumulação de mandatos nacionais com assentos em Estrasburgo, é improvável que ela abandone o cargo de primeira-ministra para se tornar uma eurodeputada.

Essa movimentação não é incomum na política italiana, sendo uma prática adotada por diversos líderes ao longo dos anos. Desde Silvio Berlusconi, líder político falecido em 2023, políticos têm utilizado as eleições europeias para fortalecer suas legendas e avaliar seu poder de influência.

Em seu discurso de candidatura, Meloni afirmou que busca avaliar a satisfação dos italianos com seu governo, tanto a nível nacional quanto europeu. Além disso, como presidente do Irmãos da Itália e líder do grupo Conservadores e Reformistas no Parlamento Europeu, ela almeja conquistar votos que possam influenciar as decisões da ultradireita no cenário político europeu.

A estratégia de campanha de Meloni é marcada pelo slogan “A Itália muda a Europa”, ressaltando sua visão de defesa dos interesses nacionais, como uma política migratória mais rígida. Além disso, a candidata busca personalizar a disputa, pedindo diretamente aos eleitores que a apoiem marcando seu nome na cédula de votação, fortalecendo ainda mais sua legitimidade política.

Para os eleitores italianos, a escolha dos representantes para o Parlamento Europeu é crucial. Com 76 cadeiras em jogo, a Itália terá uma significativa representação no Parlamento, e a presença de Meloni na disputa promete agitar as eleições.

Giorgia Meloni não está sozinha nessa empreitada, sendo acompanhada por outros líderes políticos italianos, como Elly Schlein, do Partido Democrático, e Antonio Tajani, do Forza Italia. No entanto, a prática de concorrer às eleições europeias e posteriormente não assumir o mandato é criticada por especialistas, enfraquecendo a representação italiana no Parlamento Europeu.

Com a decisão de se candidatar ao Parlamento Europeu, Giorgia Meloni enfrentará seu primeiro desafio nas urnas desde as eleições de 2022. A expectativa é de uma vitória significativa, consolidando ainda mais sua posição política na Itália e na Europa.


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