O anúncio oficial da descaracterização foi feito por meio de um comunicado ao mercado divulgado pela própria Vale. Com essa conclusão, a empresa assegurou que a barragem não representa mais qualquer perigo para as comunidades locais e para o meio ambiente. Além disso, a mineradora se comprometeu a realizar intervenções adicionais no terreno, como a implantação de um sistema de drenagem e revegetação, bem como a remoção de um muro construído de forma preventiva para conter o escoamento de rejeitos em caso de ruptura.
A decisão de eliminar todas as barragens construídas pelo método de alteamento a montante foi uma resposta direta à tragédia de Brumadinho em 2019, onde uma barragem da Vale se rompeu, causando centenas de mortes e danos ambientais irreparáveis. Anteriormente, em 2015, um desastre semelhante já havia ocorrido em Mariana, também em Minas Gerais, devido ao rompimento de uma barragem da mineradora Samarco.
Para cumprir com a nova legislação e eliminar as estruturas de risco, a Vale firmou acordos com o Ministério Público de Minas Gerais e destinou recursos significativos para indenizações e reparos. A empresa já descaracterizou 14 barragens, adotando tecnologias modernas e a utilização de equipamentos não tripulados controlados remotamente.
Macacos, localidade afetada pelas evacuações após a tragédia em Brumadinho, é um destino turístico conhecido por suas belezas naturais, como montanhas, mananciais e cachoeiras. A comunidade teve que lidar com evacuações em massa, prejudicando o turismo local e resultando em prejuízos econômicos para pousadas e estabelecimentos comerciais.
Após intensas negociações e um acordo reparatório entre a Vale e autoridades locais, um investimento de R$ 380 milhões foi viabilizado para reparar danos, auxiliar os moradores afetados e fortalecer a infraestrutura do município. Com a conclusão da descaracterização da barragem B3/B4, a expectativa é de que a comunidade de Macacos possa retomar sua rotina e reconstruir o cenário turístico local.
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