Anvisa aprova maior controle na prescrição do medicamento zolpidem para combater uso abusivo e irregular durante tratamento de insônia

A partir do dia 1º de agosto, a prescrição do medicamento zolpidem, utilizado no tratamento da insônia, terá um controle mais rigoroso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a obrigatoriedade da prescrição por meio da Notificação de Receita B (cor azul), devido ao fato do zolpidem constar na lista de substâncias psicotrópicas controladas no Brasil.

Essa decisão da Anvisa foi tomada após um aumento significativo de relatos de uso abusivo do medicamento. A agência identificou um crescimento no consumo do zolpidem e um aumento nos eventos adversos relacionados ao seu uso, o que levou à necessidade de maior controle na prescrição.

Anteriormente, o zolpidem estava enquadrado na lista de psicotrópicos com uma regra que permitia a prescrição de medicamentos contendo até 10 mg de zolpidem pela receita branca em duas vias. Com as mudanças, esse adendo foi excluído e a prescrição por meio da receita azul passa a ser obrigatória para todos os medicamentos contendo zolpidem, independentemente da quantidade presente.

Segundo a Anvisa, a definição do prazo para a implementação da nova norma considerou o tempo necessário para que os profissionais façam o cadastro na vigilância sanitária, garantindo que os pacientes não tenham descontinuidade no tratamento.

O zolpidem é indicado para o tratamento da insônia de curta duração, quando há dificuldade em adormecer ou manter o sono. No entanto, seu uso não deve ultrapassar as quatro semanas, sendo necessária uma avaliação médica para prorrogação do tratamento, devido ao risco de abuso e dependência por parte do paciente.

Essas medidas têm como objetivo garantir um uso mais responsável e seguro do medicamento zolpidem, evitando possíveis problemas decorrentes do seu uso inadequado.

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