Essa inelegibilidade havia sido imposta em março deste ano pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF, que condenou Grass e sua candidata à vice, Olgamir Amancia Ferreira, a oito anos de inelegibilidade. O motivo foi o suposto envolvimento de Grass em uma campanha negativa contra o atual governador Ibaneis Rocha, durante o horário eleitoral gratuito e na internet.
No entanto, o ministro André Ramos Tavares, ao proferir seu voto, apontou que as provas do processo não eram suficientes para confirmar a divulgação de notícias falsas ou descontextualizadas contra a campanha de Ibaneis. O advogado Jonatas Moreth Mariano, representante da campanha de Grass, destacou durante o julgamento que as críticas feitas se referiam ao descumprimento de promessas de campanha no primeiro mandato de Ibaneis, e não eram informações inverídicas.
Para a defesa, a tentativa de tornar Grass inelegível visava, na verdade, silenciar a chapa oposicionista e impedir críticas à gestão atual do governo. A decisão do TSE representa um revés para aqueles que acreditavam na inelegibilidade de Grass e coloca o político de volta na disputa eleitoral, agitando ainda mais o cenário político no Distrito Federal.