Empresas do setor de logística têm optado por rotas mais longas, realizando o périplo africano, o que aumenta o preço do frete e, consequentemente, dos produtos comercializados.
Porém, o impacto econômico da desestabilização do mar Vermelho não parece ser o suficiente para que os EUA angariem apoio internacional à sua campanha contra os houthis.
Segundo informações obtidas, somente 10 países aderiram oficialmente à Operação Guardião da Prosperidade, liderada pelos EUA, para combater os houthis, dentre eles o Bahrein. A ausência de potências regionais do Oriente Médio coloca em dúvida a efetividade do uso da força militar em um caso tão complexo devido a sua origem fundamental no conflito na Faixa de Gaza.
Para especialistas, a opção militar é apenas uma das possíveis saídas e tem se mostrado ineficaz na região. A tendência histórica do país de priorizar o uso da força militar em suas intervenções internacionais tem suscitado críticas e questionamentos. A resposta militar também tem se mostrado complicada devido à habilidade dos houthis em utilizar táticas de guerrilha e a mobilidade de seus ataques.
Os recentes ataques da Operação Guardião da Prosperidade não conseguiram diminuir o poder de fogo do grupo houthi, o que gerou contestações e dúvidas quanto à eficácia dessa estratégia. O próprio presidente Biden reconheceu a ineficiência da operação em meio a críticas internas e externas.
Diante dessa conjuntura delicada, a popularidade das forças houthis no Oriente Médio tende a aumentar, o que pode impactar negativamente a reputação dos EUA na região. A falta de autorização do Congresso para a utilização da força contra os houthis também tem gerado críticas e dúvidas quanto à legitimidade das ações dos EUA.
Na última semana, uma série de confrontos entre forças navais dos EUA e do Reino Unido contra o grupo houthi foram reportados. No domingo (21/01), as forças houthis anunciaram ter atacado com sucesso o navio de bandeira norte-americana Ocean Jazz. As Forças Armadas dos EUA, no entanto, negaram a informação.