A Presidência divulgou uma nota detalhando a conversa entre os dois líderes nesta terça-feira (23). Nela, foi informado que “Lula se solidarizou com o presidente Noboa e indicou a disposição do Brasil em ajudar o Equador, inclusive por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança”. Durante a conversa, Lula também ressaltou que o combate ao crime organizado é um desafio para o Brasil, devido à extensão das fronteiras terrestres e marítimas do país.
Ambos os presidentes concordaram que o fortalecimento da integração regional é fundamental para superar o problema do crime organizado, que afeta a todos. Lula também mencionou que o Brasil ocupa atualmente a Secretaria Geral da Ameripol, organização regional que reúne trinta países e se dedica à cooperação e ao intercâmbio de informações policiais.
A crise de segurança no Equador tem sido evidente nos últimos meses, com uma onda de violência que resultou no assassinato de um promotor e de um candidato à presidência, além de uma onda de invasões a emissoras de televisão e motins em presídios.
A explosão de violência resultou no assassinato do promotor César Suárez, que investigava uma organização criminosa transnacional na província de Guayas. Em outro incidente, Fernando Cillavicencio, então candidato à presidência do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça após participar de um comício em Quito. Além disso, o país presenciou a invasão de uma emissora de TV por homens armados e diversos incidentes em presídios.
Diante desse cenário, Lula ofereceu seu apoio ao Equador, em um gesto de solidariedade e cooperação entre países da América do Sul. Essa cooperação bilateral pode ser crucial para enfrentar o desafio do crime organizado na região.