O Fórum de Davos: O Triunfo do Capitalismo e Seus Desafios
Com a queda do muro de Berlim em 1989 e a dissolução da União Soviética em 1991, o Fórum de Davos tornou-se uma “menina dos olhos” do capitalismo triunfante na Guerra Fria. Naquele momento, o cientista político norte-americano Francis Fukuyama chegou a proclamar o “fim da história”, afirmando que o capitalismo liberal do Ocidente e sua forma de democracia eram o estado social definitivo da humanidade.
Ao lado dos entusiastas do Fórum Econômico Mundial cresceram também seus críticos, vendo nele a formação de uma elite “desnacionalizada” sem compromissos sociais que não os de natureza apenas retórica. Fruto destas críticas nasceu seu contraponto, o Fórum Social Mundial, criado em 2001 em Porto Alegre, no Brasil.
Em alguns momentos em que as datas de realização dos dois fóruns coincidiram, chegou a acontecer um diálogo virtual entre os participantes de cada um. Neste ano o FSM se reunirá no Nepal, na Ásia, entre 15 e 19 de fevereiro.
Inteligência Artificial
Desta vez, vários comentaristas concordaram que a grande estrela dos debates foi a Inteligência Artificial, suas vantagens, conquistas e também seus problemas.
Também foram marcantes as presenças do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como sempre passando seu chapéu em busca de financiamento e mais armas para a guerra de seu país contra a Rússia, e a do recém-empossado presidente da Argentina, o ultra-liberal Javier Milei, propagandeando seu anarco-capitalismo e chegando ao ponto de afirmar que o próprio Fórum de Davos se apresentava contaminado por algo que chamou de “coletivismo” e “socialismo” – coisa que provocou aplausos e risos ao mesmo tempo.