No parecer enviado ao ministro Alexandre de Moraes, Gonet se manifesta contrariamente ao pedido da defesa de Jefferson para retirar do Supremo o processo a que o ex-parlamentar responde por ataques às instituições. O procurador defende que o processo continue em tramitação na Corte, argumentando que as acusações contra Jefferson estão relacionadas com os crimes cometidos durante o 8 de janeiro.
Gonet destacou que os fatos imputados ao réu Roberto Jefferson podem ser considerados um “elo relevante” na engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023. Ele também ressaltou que as acusações contra Jefferson estão ligadas ao uso da estrutura partidária financiada pelo erário para fragilizar as instituições da República, além de ter formulado publicamente ataques verbais contra instituições centrais da República democrática.
Vale ressaltar que no ano passado, Roberto Jefferson foi preso após publicar um vídeo na internet no qual ofendeu a ministra Cármen Lúcia com palavras de baixo calão. Durante a prisão, o ex-deputado disparou tiros de fuzil e lançou granadas contra os policiais que foram ao local. Em função desse episódio, ele foi indiciado por quatro tentativas de homicídio e virou réu na Justiça Federal.
A manifestação do procurador-geral da República reforça a gravidade das acusações contra Roberto Jefferson e a relevância do processo que tramita no STF. A ligação entre as acusações e os atos violentos de 8 de janeiro levanta questões importantes sobre as motivações e o contexto em que tais crimes foram cometidos. O parecer de Gonet ressalta a importância de que o processo continue em tramitação na Corte, a fim de que a justiça seja feita e os responsáveis pelos atos golpistas sejam devidamente responsabilizados.
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