Escalada de Tensão: Taiwan e China em Novo Confronto Diplomático com Intervenção dos EUA



Presidenciável de Taiwan provoca tensão com China

Era esperado que o presidenciável utilizasse essa retórica de guerra. Pequim, da mesma maneira, reiterou sua posição histórica e oficial. “Taiwan nunca foi um país. Não foi no passado e certamente não será no futuro”, disse o chanceler chinês, Wang Yi. Segundo o ministro, “se alguém na ilha de Taiwan pensa em buscar a independência, estará tentando dividir o território da China e com certeza será duramente punido tanto pela história quanto pela lei”.

Embora os EUA tenham se comprometido a manter apenas laços extraoficiais com Taiwan, o secretário norte-americano de Estado, o sempre polêmico Antony Blinken, fez questão de mandar uma mensagem a Lai Ching-te para parabenizá-lo pela vitória eleitoral. “Esperamos trabalhar com Lai e com os líderes de Taiwan de todos os partidos para promover nossos interesses e valores partilhados”, registrou, na mensagem, o braço direito de Biden.

Pequim não passou recibo e apresentou uma queixa diplomática formal. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China classificou o comunicado de Blinken como “um sinal gravemente equivocado” aos separatistas de Taiwan. “A China se opõe firmemente a que os EUA tenham qualquer forma de interação oficial com Taiwan e interfiram nos assuntos de Taiwan de qualquer forma ou sob qualquer pretexto, disse a pasta. A província rebelde – agregou o ministério – é “a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada nas relações China-EUA”.

O jogo duplo ficou tão constrangedor que Biden, ainda no sábado, foi questionado pela imprensa sobre a posição da Casa Branca em relação à Taiwan. “Não apoiamos a independência”, respondeu o presidente de modo lacônico, mas reiterando a defesa de “uma só China”. Em ano eleitoral, faltando menos de dez meses para um provável novo confronto entre Biden e Trump, o Partido Democrata parece não ter clareza dos rumos a seguir.


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