Brasil assume presidência temporária do G20 pela primeira vez na história e busca associar inclusão social e sustentabilidade ao desenvolvimento econômico.

O Brasil assume a presidência temporária do G20 pela primeira vez em sua história. O mandato brasileiro teve início em 1º de dezembro do ano passado e terá duração de um ano, encerrando-se em 30 de novembro. Durante esse período, o país deverá organizar mais de uma centena de reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais.

O embaixador Maurício Lyrio ocupa a função de “Sherpa do Brasil para o G20”, sendo responsável por representar o país em diversos eventos do fórum. Para ele, a presidência do Brasil no G20 cria oportunidades para “associar as agendas da inclusão social e da sustentabilidade ambiental ao imperativo do desenvolvimento econômico”.

Lyrio destaca que uma das prioridades da presidência brasileira no G20 é o revigoramento do multilateralismo e a promoção da reforma das instituições de governança global. Ele ressalta a importância de atualizar as estruturas das organizações internacionais para melhor representar seus membros e entregar resultados concretos em um mundo cada vez mais multipolar.

Além disso, a presidência brasileira do G20 tem a intenção de mobilizar recursos para enfrentar os desafios globais no campo da sustentabilidade. O desenvolvimento econômico sustentável visa garantir que o crescimento econômico não seja às custas das gerações futuras, priorizando a criação de empregos, inovação e investimento em setores que promovam a prosperidade a longo prazo, reduzam as desigualdades e preservem o meio ambiente.

No contexto de crescentes tensões ao redor do mundo, como a disputa comercial/tecnológica entre China e Estados Unidos e os conflitos na Ucrânia, Oriente Médio e África, o Brasil defende a reforma das instituições internacionais para que sejam mais representativas e eficazes na busca da paz e do desenvolvimento.

Nesse sentido, a presidência do Brasil no G20 se coloca como uma oportunidade para o país apresentar ao mundo seus atributos e comunicar suas prioridades de políticas públicas e relações exteriores. A expectativa é que o Brasil seja capaz de associar as agendas da inclusão social e da sustentabilidade ambiental ao desenvolvimento econômico e contribuir para a construção de respostas eficazes aos desafios globais.

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