O conflito entre Israel e Palestina, que teve início em outubro do ano anterior, resultou em ataques do grupo Hamas contra civis israelenses e estrangeiros, desencadeando uma reação israelense que resultou na morte de mais de 22 mil pessoas em Gaza, a maioria mulheres e crianças.
O presidente Lula condenou os ataques terroristas do Hamas, mas ressaltou que esses atos não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por parte de Israel contra civis, citando o grande número de mortos, desaparecidos e a situação precária da população em Gaza.
Diante das violações flagrantes ao direito internacional humanitário, Lula manifestou apoio à iniciativa da África do Sul na denúncia à Corte Internacional de Justiça, buscando que Israel cesse imediatamente todos os atos que possam configurar genocídio ou crimes relacionados.
Durante a reunião com o embaixador palestino, o presidente brasileiro ressaltou os esforços feitos pessoalmente, juntamente com outros líderes internacionais, para buscar um cessar-fogo, a libertação de reféns mantidos pelo Hamas e a criação de corredores humanitários para a proteção dos civis. Além disso, destacou a atuação do Brasil no Conselho de Segurança em busca de uma solução diplomática para o conflito.
O governo brasileiro reiterou a defesa da solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como capital.
O posicionamento do Brasil frente ao conflito entre Israel e Palestina reflete o engajamento diplomático e o compromisso com a paz e a justiça na região. A atuação do governo brasileiro, guiada por princípios de direitos humanos e cooperação internacional, busca contribuir para o desfecho pacífico e duradouro desse conflito.