O governo pretende iniciar o pagamento do programa de permanência de estudantes pobres do ensino médio a partir de março

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta terça-feira (9) que está trabalhando para que o governo comece a pagar o programa de permanência de estudantes pobres do ensino médio a partir de março. Segundo o ministro, o valor da bolsa, que ainda não foi informado, deverá ser em torno de R$ 167 mensais, totalizando R$ 2.000 por ano para cada aluno beneficiado. Além disso, o governo estima um valor de R$ 3.000 em uma poupança, que só poderá ser sacada ao fim do ensino médio. No entanto, o ministro preferiu não cravar uma data exata para o início do pagamento, pois o programa depende de outros órgãos, como a Caixa Econômica Federal e os governos estaduais.

O programa foi colocado como prioridade da gestão, buscando reduzir as altas taxas de evasão no ensino médio, que atualmente é de 8,8% no 1º ano. Com o foco nos alunos beneficiários do Bolsa Família, o programa pretende atender 2,47 milhões de jovens, representando 31% do total de matrículas do ensino médio, que atualmente é de 7,9 milhões. A proposta também prevê o pagamento de R$ 200 para a participação no Enem, buscando ampliar a participação de alunos de escolas públicas no exame.

O custo calculado para 2024 é de R$ 7 bilhões, com R$ 1 bilhão previsto no orçamento e outros R$ 6 bilhões aprovados em um projeto do Senado para essa política. Camilo Santana também afirmou que o presidente Lula planeja realizar uma reunião com todos os governadores ainda em janeiro para discutir as metas de alfabetização dos alunos brasileiros.