Emmanuel Macron nomeia Gabriel Attal, de 34 anos, como novo primeiro-ministro da França em busca de fortalecer seu partido.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta terça-feira (9) a nomeação de Gabriel Attal, ministro da Educação de 34 anos, como novo primeiro-ministro. A decisão de Macron ocorre em meio aos seus esforços para renovar seu segundo mandato antes das eleições para o Parlamento Europeu, buscando superar as impopulares reformas da previdência e imigração do ano passado e fortalecer as chances do partido de centro na votação da União Europeia em junho.

A medida, no entanto, não representa necessariamente uma mudança política significativa, mas simboliza a vontade de Macron de tentar superar a desvantagem nas pesquisas de opinião em relação ao partido de extrema-direita liderado por Marine Le Pen. Attal, um aliado próximo de Macron que ganhou destaque como porta-voz do governo durante a pandemia da covid-19, substituirá a primeira-ministra Elisabeth Borne.

O presidente Macron expressou confiança em Attal, afirmando que conta com a energia e comprometimento do novo primeiro-ministro para implementar o projeto de revitalização que anunciara anteriormente. Attal, que se torna o primeiro-ministro mais jovem da história da França e o primeiro abertamente gay a ocupar o cargo, é descrito como um ministro atuante e carismático, popular em pesquisas de opinião recentes.

A nomeação de Attal é vista por alguns como um sinal de renovação e revitalização do governo Macron, especialmente após a perda da maioria absoluta no Parlamento em 2022. No entanto, líderes da oposição manifestaram ceticismo em relação à mudança, sugerindo que o próprio Macron continua a tomar a maior parte das decisões. O líder do Partido Socialista, Olivier Faure, descreveu a mudança de primeiro-ministro como irrelevante, afirmando que as políticas permanecerão as mesmas.

Apesar das opiniões divergentes, muitos observadores acreditam que a nomeação de Attal pode trazer um novo fôlego ao governo francês, alimentando as expectativas de uma abordagem mais dinâmica e em sintonia com a opinião pública. Ainda assim, resta aguardar para ver como a nova liderança irá impactar o governo de Macron, especialmente em um momento crucial para a política europeia e para a popularidade do presidente.

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