Durante o ato, os participantes decidiram caminhar até a Praça Roosevelt, no centro da capital, saindo do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Desde o dia 1º de março, os usuários do Metrô e dos trens metropolitanos têm enfrentado um custo maior para utilizar esses meios de transporte, com a passagem aumentando de R$ 4,40 para R$ 5. No entanto, esse reajuste não se aplica aos ônibus, que continuam com a tarifa de R$ 4,40.
A maior parte dos manifestantes era composta por estudantes, que entoavam cânticos como “Contra a tarifa eu vou lutar. Sou estudante e São Paulo vai parar” e “Ei, Tarcísio, deixa eu te falar. Ou abaixa a tarifa ou São Paulo vai parar”. Além da insatisfação com o aumento das tarifas, os manifestantes também se mostraram contrários a uma suposta tentativa do governador de privatizar o transporte público.
De acordo com Diego Ferreira, diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), o ato visava não apenas protestar contra o aumento nas tarifas, mas também reivindicar o passe livre. Ele ressaltou a importância de manter o transporte público acessível a toda a população, além de criticar a privatização do serviço, que, segundo ele, resultaria em aumentos ainda maiores nas tarifas.
Outro ponto destacado pelos manifestantes foi o impacto negativo do aumento da tarifa na vida dos estudantes mais pobres, apontando para o risco de aumento da evasão escolar devido à dificuldade financeira. Procurado pela imprensa, o governo de São Paulo ainda não se pronunciou sobre o protesto.
O ato demonstrou uma mobilização significativa por parte da população, sinalizando a insatisfação e preocupação em relação ao custo do transporte público na cidade de São Paulo. Os manifestantes reivindicaram mudanças que visem garantir o acesso equitativo ao transporte coletivo, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras.