Polícia Militar do Rio de Janeiro inicia monitoramento da orla com câmeras de reconhecimento facial e de placas de veículos.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro anunciou que mais de 40 quilômetros de orla oceânica serão monitorados por câmeras de reconhecimento facial. Segundo o secretário estadual da PM, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, os equipamentos já estão em funcionamento nas praias de Copacabana, Arpoador e Barra da Tijuca durante a festa da virada de ano. A previsão é que a tecnologia de segurança pública seja instalada em toda a orla oceânica, do Leme até Guaratiba, até o fim do primeiro semestre deste ano.

As câmeras também serão instaladas nos túneis de acesso à orla e nas vias expressas Linha Amarela e Linha Vermelha, com o objetivo de reconhecer suspeitos de crimes e pessoas procuradas pela polícia. O secretário afirmou que as imagens serão direcionadas para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e para as salas de operações dos batalhões, para agilizar a resposta policial.

Durante a festa da virada em Copacabana, um homem com mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio foi preso depois de ser identificado pelas câmeras. O secretário também afirmou que a tecnologia será utilizada durante o carnaval, especialmente no entorno do Sambódromo e em outros pontos da cidade com concentração de foliões. Ele mencionou que o sistema pode ser empregado de forma volante, de acordo com a demanda e os eventos.

Apesar da eficácia demonstrada durante a festa de réveillon, a utilização de reconhecimento facial levanta questões sobre privacidade e possíveis abusos. A instalação desses equipamentos também deve gerar debates sobre a relação entre segurança pública e o direito individual à privacidade. Além disso, a precisão e a confiabilidade do reconhecimento facial como ferramenta de segurança também são temas de controvérsia, levando em consideração possíveis erros e discriminação.

O avanço tecnológico na segurança pública é um tema que requer discussão aprofundada e a consideração de suas implicações legais, éticas e sociais. A utilização de câmeras de reconhecimento facial marca uma evolução no monitoramento do espaço urbano, mas também deve gerar reflexão sobre os limites e impactos dessa prática na sociedade.

Sair da versão mobile