Desde abril deste ano, o Brasil tem desfrutado da bandeira verde, o que significa que o país está livre da escassez hídrica que o afetou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. A bandeira verde é resultado das condições favoráveis de geração de energia, o que impacta diretamente no custo para o Sistema Interligado Nacional em suprir a demanda de energia para casas, estabelecimentos comerciais e indústrias.
Criadas em 2015, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há acréscimo, mas quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Durante o período de escassez hídrica, que vigorou de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
O Sistema Interligado Nacional, que abrange praticamente todo o país, é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. No entanto, há 212 localidades isoladas do SIN, onde o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. Nessas regiões, a demanda por energia é suprida principalmente por térmicas a óleo diesel.
Com a manutenção da bandeira verde, os consumidores podem esperar um alívio nas contas de luz no início de 2023, já que não haverá custos adicionais. Esta notícia chega como um alívio após um período marcado por aumentos na conta de energia em meio à crise energética. Resta aguardar para ver como a situação energética do país se desenvolverá nos próximos meses.
-
-
-
-
